segunda-feira, 28 de outubro de 2013

UROANÁLISE

 

Mecanismo de Funcionamento do Sistema Urinário

 
 

 
 
 
 
 
Para assistir o vídeo com legendas em português, siga os 4 passos abaixo.
 
 
OBS: caso o vídeo não tenha o botão "CC" significa que não existe legenda disponível para ele.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

CITOLOGIA

Vídeo que mostra todas as fases da divisão Celular por Mitose:

  • Interfase
  • Profase
  • Prometafase
  • Metafase
  • Anafase
  • Telofase
  • Citocinese


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

GENÉTICA MOLECULAR

REPLICAÇÃO E TRADUÇÃO DO DNA

Animação em inglês que mostra com riqueza de detalhes todo o processo de replicação e tradução do DNA. 
 

 





OBS: Para assistir o vídeo com legendas em Português siga os 4 passos abaixo:
 
 









 

VIROLOGIA

HIV NO SANGUE

Vídeo animado muito interessante  e de fácil compreensão que mostra um rápido resumo de como nosso Sistema Imunológico trabalha para proteger nosso corpo contra uma infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV).

 








REPLICAÇÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA (HIV)

Todo processo de replicação do HIV e também o mecanismo de ação de alguns antivirais você encontra neste super vídeo.

 



OBS: para assistir o vídeo com legendas em português siga os 4 passos abaixo:






 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

EFEITO DO VENENO DE COBRA NO SANGUE HUMANO

    




Por em 15.10.2013 as 14:45   

    Um vídeo que mostra os efeitos imediatos no sangue humano ocasionados pelo veneno da cobra conhecida como víbora de Russel (Daboia russelii) está fazendo sucesso na internet.
Produzido na Índia, o filme possui pouco mais de um minuto e é narrado em inglês, com uma dublagem em russo por cima. Apesar da dificuldade em entender o que é dito pelas pessoas, os internautas parecem ter gostado do que as imagens mostram. Desde que foi postado, na metade do ano, o vídeo já recebeu mais de 10,8 milhões de visualizações.

     O pesquisador é filmado retirando o veneno da cobra, muito comum naquela região do mundo, e transferindo pequenas gotas para um recipiente que contém uma amostra de sangue humano. Em pouquíssimos instantes, o sangue coagula e passa a ter um aspecto de gelatina. Pelas imagens, impressiona a rapidez com que o processo de coagulação acontece, assim como a aparência totalmente incomum que o sangue humano adquire.

      A espécie é responsável por causar diversas mortes na Índia devido à sua grande presença em áreas bastante populosas do país. Acredita-se que a quantidade de veneno mostrada no vídeo é o suficiente para matar uma pessoa.
Confira abaixo o vídeo. Infelizmente, a tradução de legendas nesse caso não ajuda em nada na compreensão do que está sendo dito.



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Capturado online http://hypescience.com/o-impressionante-efeito-do-veneno-de-cobra-no-sangue-humano-video/ em 15/10/2013.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CURA DO HERPES VÍRUS

 Por em 24.09.2013 as 14:00
 
 
 
 
O citomegalovírus (CMV) é um tipo muito comum de vírus do herpes. Estima-se que cerca de 70% da população carregue o CMV no corpo, e, embora ele geralmente não cause a doença, pode diminuir até 3,7 anos da expectativa de vida. A boa notícia é que pela primeira vez cientistas conseguiram remover esse vírus da corrente sanguínea.
Em pessoas com sistema imunitário enfraquecido, o vírus pode causar adoecimento grave e até mesmo cegueira. Se uma pessoa com essas condições precisar de um transplante de medula óssea, há grandes chances de o único doador disponível carregar o CMV, o que é extremamente frequente.
     
Pesquisadores encontraram a solução para este problema com a utilização de uma droga que é usada no tratamento do câncer, a vincristina.

 

Pesquisa

Quando o CMV está dormente, ele expressa um amontoado de genes, entre eles o UL138. Para investigar o que esse gene em específico faz com as células, pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) o cultivaram junto com células humanas saudáveis na presença de aminoácidos marcados – as matérias-primas usadas para a produção de proteínas. Depois, os pesquisadores usaram espectrometria de massa para identificar como o UL138 alterou a expressão de proteínas nas células.
“Sabemos que o vírus remodela a superfície da célula, por isso nos perguntamos: quais são as proteínas na superfície da célula e como o CMV as altera?”, explica Paul Lehner, que coordenou a pesquisa.
No estudo, o citomegalovírus diminuiu a produção de uma proteína chamada MRP1, que bombeia elementos químicos tóxicos para fora das células – incluindo a vincristina, um remédio usado contra o câncer.

 

Tratamento

Os pesquisadores perceberam que, como as células infectadas não poderiam eliminar a vincristina, talvez a droga pudesse matar o vírus. E foi realmente isso que aconteceu, quando a equipe colheu amostras de sangue com CMV de 15 voluntários e as tratou com a droga. O vírus foi drasticamente reduzido e desapareceu, em alguns casos.
Pesquisadores apontam que a vincristina pode ter efeitos secundários graves, por isso é improvável que seja usada para acabar com o citomegalovírus em pessoas saudáveis. No entanto, a droga poderá ser usada para tratar o sangue do doador de medula óssea antes de transplantes.
 
 
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Texto e imagem capturado on-line de http://hypescience.com/cura-do-herpes-virus-e-removido-da-corrente-sanguinea-pela-primeira-vez/ em 25 de setembro de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A evolução pode se reverter?


Há muito tempo biólogos se perguntam se é possível que as proteínas presentes em nossos corpos voltem às suas antigas formas e funções, abandonadas há milhões de anos. Ao examinar a evolução de uma proteína, uma equipe de cientistas afirma que a resposta a essa questão é não, pois novas mutações tornam uma “involução” praticamente impossível.
O primeiro cientista a levantar esta questão foi o belga Louis Dollo, que em 1905 afirmou que um organismo nunca retorna a seu estado anterior. Para confirmar se Dollo estava certo, Joseph Tornton e sua equipe da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, fizeram um experimento para analisar a possibilidade da evolução reversa em um nível molecular.
A pesquisa foi feita com base em proteínas chamadas de receptores de glicocorticóides , que ajudam humanos e praticamente todos os vertebrados a lidar com o stress ao utilizar um hormônio chamado de cortisol e “ligando” os genes de defesa contra o stress. Comparando o receptor a outras proteínas semelhantes, os cientistas reconstruíram a história dos receptores de glicocorticóides.
Há aproximadamente 450 milhões de anos, ele existia em um formato diferente, que permitia que ele pegasse vários hormônios, mas era fraco para pegar o cortisol. Durante 40 milhões de anos, o receptor mudou de formato, tornando-se muito sensível ao cortisol e insensível a outros hormônios.
Durante esses 40 milhões de anos, o receptor mudou em 37 pontos, sendo que apenas dois fizeram com que ele ficasse sensível ao costisol. Outros cinco passaram a impedir que ele se agarrasse a outros hormônios. Quando o receptor sofreu estas sete alterações, ele se tornou igual receptor de glicocorticóides que existe atualmente.
Thornton ponderou que, revertendo esta ação, ele poderia transformar o receptor atual em um ancestral, porém, para sua surpresa, o experimento de reversão falhou. Depois da primeira experiência, os cientistas perceberam que as moléculas haviam sofrido mais cinco alterações que não tinham sido percebidas antes.
De acordo com o pesquisador, as mutações nas moléculas devem ter ocorrido em duas fases, na primeira adquirindo as sete mutações que as tornaram sensível ao cortisol, e na segunda adicionando reentrâncias na estrutura dos receptores de glicocorticóides, mutação chamada pelo pesquisador como “alterações restritivas”.
Quando os cientistas tentaram trazer a molécula de volta à sua forma ancestral, essas modificações de sua estrutura impediram o processo. Thornton acredita que, com as mutações restritivas, ficou praticamente impossível que o receptor retornasse à sua forma anterior.
Ainda não há certeza se as proteínas têm tamanha dificuldade em evoluir de volta ao seu estado anterior, mas Thornton afirma acreditar que sim. Porém, o pesquisador também não descarta a possibilidade de uma involução em organismos que sofreram mutações simples. Quando os novos traços são formados por mutações mais conectadas, a complexidade é maior, e extingue a possibilidade de uma evolução reversa, de acordo com o biólogo.


Fonte: HypeScience

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Superbactérias

Humanidade está perdendo batalha contra superbactérias

Alerta é da Organização Mundial de Saúde. Para entidade, é preciso esforço conjunto para produzir novos medicamentos

BBC Brasil | 07/04/2011 09:33



A incidência de infecções resistentes a drogas atingiu níveis sem precedentes e supera nossa capacidade atual de combatê-las com as drogas existentes, alertam especialistas europeus.
A cada ano, mais de 25 mil pessoas morrem na União Europeia em decorrência de infecções de bactérias que driblam até mesmo antibióticos recém-lançados.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação chegou a um ponto crítico e é necessário um esforço conjunto urgente para produzir novos medicamentos.
Sem esse esforço, a humanidade pode ter que enfrentar um “cenário de pesadelo” global, de proliferação de infecções incuráveis, de acordo com a OMS.
Um exemplo é a superbactéria NDM-1, que chegou à Grã-Bretanha vinda de Nova Délhi em meados de 2010, trazida por britânicos que fizeram tratamentos médicos na Índia ou no Paquistão.
Em outubro passado, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou o controle sobre receitas médicas de antibióticos, na tentativa de conter o avanço da superbactéria KPC, que atacou principalmente em hospitais.
Água contaminada
A resistência das superbactérias a antibióticos mais fortes causa preocupação entre os especialistas. Pesquisadores da Universidade de Cardiff, no País de Gales, que identificaram a NDM-1 no ano passado, dizem que as bactérias resistentes contaminaram reservatórios de água de Nova Délhi, o que significa que milhões de pessoas podem ter se tornado portadoras do micro-organismo.


Isso se torna mais preocupante porque, segundo a equipe de Walsh, o gene se espalhou para bactérias que causam diarreia e cólera, doenças facilmente transmissíveis através de água contaminada.A equipe do médico Timothy Walsh coletou 171 amostras de água filtrada e 50 de água de torneiras em um raio de 12 km do centro de Nova Déli, entre setembro e outubro de 2010. O gene da NDM-1 foi encontrado em duas das amostras de torneira e em 51 das amostras de água filtrada.

“A transmissão oral-fecal de bactérias é um problema global, mas seu risco potencial varia de acordo com os padrões sanitários”, disseram os pesquisadores em artigo no periódico científico Lancet Infectious Diseases.
“Na Índia, essa transmissão representa um problema sério (porque) 650 milhões de cidadãos não têm acesso a vasos sanitários, e um número provavelmente maior não tem acesso a água limpa.”
Descoberta ‘preciosa’
Os cientistas pedem ação urgente das autoridades globais para atacar as novas variedades de bactérias e para prevenir epidemias globais.
A diretora regional da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, disse que “os antibióticos são uma descoberta preciosa, mas não lhes damos valor, os usamos em excesso e os usamos mal. (Por isso), agora há superbactérias que não respondem a nenhuma droga”.
Segundo ela, ante o crescimento no número de viagens internacionais e de trocas comerciais no mundo, “as pessoas precisam estar cientes de que, até que todos os países enfrentem (o problema das superbactérias), nenhum país por si só estará seguro”.
Autoridades sanitárias britânicas dizem estar monitorando a NDM-1, que, segundo registros oficiais, já contaminou 70 pessoas no país.

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Como se proteger das superbactérias


Elas são motivo de preocupação, mas não de pânico. Saiba mais como acontece o contágio e o que você pode fazer para se prevenir

Elioenai Paes , iG São Paulo 

O prefixo super pode assustar, mas o temor em relação às superbactérias tem fundamento. Uma das grandes preocupações médicas atuais é a escassez de medicamentos para combater esses micro-organismos cada vez mais resistentes. Algumas atitudes simples, como um sistema imune fortalecido e medidas de higiene fáceis de incorporar na rotina podem ajudar a mantê-las longe do corpo.
Por muito tempo, o uso indiscriminado dos antibióticos foi negligenciado pela população e pelas autoridades de saúde. O resultado desse longo período de abusos foi a mutação das bactérias. Muitas se tornaram resistentes à maioria dos antibacterianos convencionais disponíveis no mercado, existindo até mesmo casos de resistência total – de onde veio a denominação super.

Arquivo pessoal
Gabriel Montagnani foi hospitalizado por causa da Staphylococcus Aureus resistente à meticilina

Atualmente, as superbactérias mais temidas são a MRSA ( Staphylococcus Aureus resistente à meticilina), KPC ( Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase ) e a NDM-1 ( New Delhi metallo-B-lactamase-1 ), esta última responsável pelas recentes infecções hospitalares em hospitais de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. 
"É importante ressaltar que desde a descoberta da penicilina as bactérias têm sofrido mutações", explica Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
"Elas querem sobreviver a qualquer custo e sob qualquer condição, por isso adquirem a capacidade de transmitir códigos genéticos entre si e para outras bactérias de outra espécie e começam a neutralizar os antibióticos. Elas podem destruir o antibiótico com que entraram em contato, podem expulsar o medicamento da célula ou até mesmo inativá-lo", explica o infectologista.
Erra quem pensa que as pessoas afetadas pelas bactérias resistentes são somente aquelas que se medicaram frequentemente com antibióticos, seja ele prescrito pelo médico ou administrado por decisão própria, a conhecida automedicação.
A maioria dos casos de infecção hospitalar é causada por bactérias endógenas, ou seja, por aquelas que carregamos naturalmente no organismo. Um exemplo disso é a Escherichia coli (E. Coli), que habita o intestino. Quando ela migra para outras partes do corpo provoca uma infecção difícil de tratar.
"Se algumas bactérias do intestino vão para o trato genital, por exemplo, podem causar infecções. Para serem consideradas bactérias boas, elas têm de permanecer no lugar que foi designado a elas", explica Gorinchteyn.
Infecção hospitalar
No caso hospitalar, a infecção acontece, na maior parte dos casos, no paciente que já está internado há algum tempo, já tomou muitos antibióticos e tem o sistema imunológico fragilizado.  Muitos pacientes com a imunidade fragilizada são preventivamente tratados com antibióticos, para evitar que as bactérias internas se manifestem, caso contrário ele será literalmente atacado por um "fogo amigo".
"Se alguém estiver com tuberculose, eliminando bactérias para o ar, o paciente ficará em um quarto com com pressão negativa. Quando a porta se abre, o ar de fora entra. Se o ar sair, as bactérias podem sair junto, contaminando outros espaços", explica o diretor do departamento de infectologia do Hospital Heliópolis (SP), Juvêncio Furtado.Os outros casos causados por bactérias que não vivem no corpo, considerados minoria em relação às bactérias que já carregamos, já têm a atenção dos hospitais, que trabalham para minimizar qualquer tipo de surto ou infecção. Muitos hospitais já têm UTI com controle da pressão do ar, uma medida para evitar a disseminação de bactérias.
Novas regras
Há pouco mais de um ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a venda de antibióticos. O medicamento só pode ser vendido mediante a apresentação e retenção da receita, que vale somente por 10 dias, além de outras normas de controle. Segundo Jean Gorinchteyn, além da restrição da Anvisa,  médicos estão recebendo orientação sobre a prescrição racional de dessa classe de remédios. Quem faz esse controle são as comissões de controle de infecções hospitalares.
“O controle da ingestão de antibióticos está sendo feito, mas só vamos ver o resultado provavelmente depois de 5 anos ou 10 anos”, explica Furtado.
Ele também ressalta que seria necessário um controle no uso de antibióticos na agricultura e na pecuária. “Se você come uma carne de um boi que foi tratado com antibióticos, você ingere antibióticos também”, explica Furtado, que é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia
Susto no Exterior
Outra bactéria comum que circula por aí causando preocupação nos médicos é a Staphylococcus Aureus. Na versão ‘original’, ela é combatida por antibióticos comuns sem maiores complicações. O problema está na versão super, mutação que agora resiste à maioria dos antibióticos existentes no mundo.
O publicitário Gabriel Montagnani, 24 anos, foi uma das vítimas dela. Ele teve uma infecção na glândula salivar parótida (localizada um pouco abaixo da orelha, responsável pela produção de saliva).
“No hospital, fui medicado com antibióticos comuns que não mataram a bactéria, apenas mascararam a infecção”, conta.
O publicitário foi liberado do hospital, e, sentindo-se melhor, embarcou para Nova York no dia seguinte. A infecção e o inchaço voltaram com força total em plena viagem e lá foi Gabriel para o hospital. Após uma junta médica norte-americana diagnosticar que a Staphylococcus Aureus resistente à meticilina (MRSA) era a visitante indesejada, ele foi medicado com um antibiótico eficaz contra a mutação ‘super’ da tal bactéria.
“Voltei mais cedo dos EUA porque a assistência médica lá é muito cara”, diz Montagnani. Para efeitos de comparação, uma dose intravenosa ou 1 comprimido desse antibiótico custa cerca de R$ 200 – e foram necessárias duas por dia – por três semanas.
Prevenção
O infectologista Juvêncio Furtado, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia esclarece que ninguém pega uma bactéria simplesmente por andar na rua.
"Elas precisam de uma porta de entrada. Para pegar uma infecção, a pessoa precisa ter um machucado, ou levar a mão com a bactéria à boca ou por meio de soluções não estéreis injetadas no sangue", explica.
Para prevenir o contágio por bactérias é importante lavar as mãos com frequência, evitar colocá-las em contato com boca, nariz, olhos e ouvidos quando estão sujas e manter o corpo descansado e bem alimentado – isso ajuda o sistema imunológico a se manter forte para lutar contra qualquer visitante indesejado.
“É um mito a história de que pessoas saudáveis que visitam doentes em hospitais contraem superbactérias”, esclarece o médico.
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Cientistas: superbactéria pede resposta global

Reunidos em congresso sobre o tema, especialistas em doenças infecciosas classificaram problema como "bomba-relógio"

AFP | 13/09/2010 18:39

A nova superbactéria, originária da Índia e que demonstra ser resistente a quase todos os antibióticos conhecidos, representa uma ameaça mundial, advertiram cientistas esta segunda-feira.
"Temos a necessidade urgente de, em primeiro lugar, estabelecer um sistema de vigilância internacional nos próximos meses e, em segundo lugar, examinar todos os pacientes que derem entrada a qualquer sistema de saúde" em tantos países quanto for possível, disse Patrice Nordmann, do Hospital Bicetre, da França.
"Por enquanto não sabemos quão rapidamente o fenômeno está se espalhando (...). Pode levar meses ou anos, mas o certo é que se espalhará", disse à AFP, destacando que já foram tomadas medidas na França e que outras estão em discussão no Japão, em Cingapura e na China.
"É um pouco como uma bomba relógio", explicou.
O cientista, que é chefe do departamento de bacteriologia e virologia do hospital francês, disse que a bactéria encontrará terreno fértil na população de 1,3 bilhão de pessoas da Índia.Nordmann participa da 50ª Conferência Intercientífica sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (Interscience conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy), que reúne 12.000 especialistas em doenças infecciosas em Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).
A "superbactéria", chamada NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi) e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha.
A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.
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Fontes:

Russos conseguem sangue fresco de mamute

Por  em 2.06.2013 as 13:00



15.000 anos atrás, uma velha fêmea de mamute lanudo, com idade entre 50 e 60 anos e pesando cerca de 3 toneladas, estava fugindo de predadores e acabou caindo no gelo ou se atolando em um pântano. Seu cadáver foi encontrado recentemente por cientistas russos, em um bloco de gelo na Ilha Lyakhovsky, uma ilha do grupo mais ao sul do arquipélago Novosibirsk, na Sibéria.
As partes mais baixas do mamute, incluindo o estômago, ficaram encerradas no gelo nos últimos 10.000 a 15.000 anos. A parte superior do torso e duas pernas foram preservadas no solo, e mostram sinais de terem sido mordidas por predadores pré-históricos e modernos.
Semyon Grigoriev, chefe do Museu de Mamutes do Instituto de Ecologia Aplicada da Universidade Federal do Norte e Nordeste (Rússia) está chamando este de “mais bem preservado mamute da história da paleontologia”.
Mas não é só o estado de preservação do mamute que chama a atenção. Durante a escavação, conforme os pesquisadores retiravam blocos de gelo, eles notaram manchas de sangue escuro nas cavidades abaixo da barriga do mamute. Quando quebraram o gelo com uma sonda, o sangue começou a fluir. Só que isso não deveria acontecer – a carcaça e o sangue estavam presos em um bloco de gelo a -10°C.


“Podemos presumir que o sangue dos mamutes tenha alguma propriedade anti-congelante”, apontou Grigoriev. Esta descoberta é consistente com o trabalho feito por geneticistas canadenses que, em 2010, mostraram que a hemoglobina dos mamutes liberava mais oxigênio a baixas temperaturas que a hemoglobina dos elefantes modernos.

Além do sangue, os paleontólogos recuperaram tecido muscular, ossos e dentes. Segundo eles, o tecido muscular recuperado tem a cor vermelha de carne fresca. O sangue está passando por uma análise bacteriológica nos laboratórios da universidade, em Yakutsk, e os resultados devem sair em breve.
A descoberta de sangue líquido cria também a expectativa de que o mamute lanudo possa vir a ser clonado a partir deste material. A universidade já firmou parceria com o controverso cientista Hwang Woo-Suk (que já fraudou dados envolvendo um procedimento para clonar células humanas).
Mas não são só os cientistas envolvidos em clonagem que estão interessados na fêmea de mamute lanudo – paleontólogos também esperam aprender mais sobre como viviam os mamutes da espécie. [io9News CnetHuffington Post]


domingo, 2 de junho de 2013

Por que algumas pessoas têm “amnésia alcoólica”?

Ana Carolina Prado 23 de março de 2012

Finalmente o fim de semana chegou e a maioria das pessoas vai poder curtir um bar sem ter que se preocupar em acordar cedo no dia seguinte. Você costuma ter a famosa “amnésia alcoólica” depois de passar a noite bebendo? Ou é daqueles que sempre se lembram de tudo, não importa quanto beba?
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego, feita com imagens de ressonância magnética, sugere que, diferente do que se costuma pensar, esse esquecimento não depende da quantidade de álcool ingerida. Ao que parece, é tudo uma questão de genética.
Algumas pessoas têm um componente bioquímico no cérebro que faz com que o álcool afete mais fortemente a atividade cerebral em áreas ligadas ao autodomínio, atenção e memória de trabalho.
Com isso, elas ficam mais propensas a perder a memória quando bebem – e nem precisa ser uma bebedeira daqueeeelas. É por isso que certas pessoas podem matar engradados inteiros de cerveja e continuar bem, enquanto outras já ficam tontinhas com três míseros copos.
Segundo Reagan R. Wetherill, uma das autoras do estudo, os “apagões” em que a pessoa acorda sem fazer a menor ideia do que aconteceu na noite anterior são raros. Já o esquecimento de detalhes é mais comum – e ela acredita que cerca de 40% dos estudantes vai passar por isso enquanto estiver na faculdade.
O estudo
A pesquisa foi feita com 24 alunos universitários – 12 dos quais esqueceram detalhes e 12 que mantiveram a memória intacta. Cada um teve de completar exercícios envolvendo memória de curto prazo e “multitasking” (a habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo) antes e depois de beber (e a gente aposta que os pesquisadores se divertiram fazendo esses testes).
O resultado mostrou que os dois grupos mostraram habilidades semelhantes nos testes enquanto sóbrios. Depois de beber, porém, foi como se a parte do cérebro responsável por essas coisas deixasse de funcionar para alguns deles.
Isso sugere que exista uma espécie de gatilho bioquímico que faz com que algumas pessoas esqueçam o que acontece durante a bebedeira.
Por meio da análise de imagens do cérebro, os pesquisadores descobriram uma mudança nospadrões do fluxo sanguíneo e da atividade neural das pessoas que costumavam ter a chamada amnésia alcoólica. Mas essa alteração só se manifestou depois de beberem.
“A intoxicação por álcool reduziu a atividade em uma região do cérebro envolvida nomultitasking”, disse Wetherill ao jornal Daily Mail. “Isso afeta a capacidade de alguns para esse tipo de tarefa, bem como para engajar áreas cerebrais necessárias para a codificação e lembrança de experiências anteriores.”
A descoberta traz duas lições importantes, segundo os pesquisadores: a primeira é que hádiferenças individuais em como o cérebro é afetado pelo álcool. Isso significa que cada um deve conhecer os próprios limites e não querer imitar o coleguinha na bebedeira.
E a segunda é melhor explicada na fala de Weatherill: “Se você está experimentando apagões após beber, isso é um sinal importante de que consequências negativas em sua saúde e vida pessoal poderão aparecer“. Quando se está bêbado e seu cérebro tem esse tipo de interação com o álcool, cria-se um estado de vulnerabilidade em que aumentam as chances de ocorrer todo tipo de problema. Você pode não se preocupar em ter que acordar cedo amanhã, mas é bom pensar um pouquinho nos efeitos em seu cérebro.



sábado, 1 de junho de 2013

O ataque de anticorpos malucos


Quando nosso sistema imunológico enlouquece, entram em cena as doenças autoimunes - transformando suas vítimas em pessoas "alérgicas" a elas mesmas.


por Texto Maurício Manuel













Lúpus

ELA SE DISFARÇA DE OUTRAS DOENÇAS



Quem é fã da série House já viu a equipe do médico, em mais de um episódio, apostar no diagnóstico de lúpus por não fazer a menor ideia de qual seria a explicação para o caso de um paciente. Na vida real, isso também acontece. E o motivo é simples: quase tudo pode ser atribuído a essa doença autoimune, uma das mais misteriosas de que se tem notícia.


O lúpus eritematoso sistêmico, como é chamado pelos cientistas, tem potencial para afetar qualquer parte do corpo. É por isso que os médicos acabam confundindo seus sintomas com os de outras doenças. Trata-se de uma enfermidade inflamatória: o sistema imunológico do doente fica doido e produz anticorpos que atacam sem piedade células e tecidos de seus próprios órgãos, provocando a inflamação. Em situações mais graves e raras (menos de 1% dos casos), o mal pode levar a alucinações e comportamentos psicóticos. A evolução da doença é imprevisível, com períodos de sofrimento e melhoria se alternando constantemente. Não há cura. Resta ao doente, portanto, remediar os sintomas e encontrar a melhor forma possível de conviver com eles.


Embora seja conhecido desde a Idade Média, o lúpus permanece cercado de enigmas. Sabe-se, por exemplo, que 90% das vítimas são mulheres, e que 80% delas desenvolvem a doença na fase mais produtiva da vida, entre os 15 e os 45 anos. Por quê? A ciência ainda não encontrou a resposta. Outro mistério: nos EUA, onde as pesquisas sobre a moléstia são as mais avançadas, a incidência é muito maior em populações com características étnicas específicas, como negros e descendentes de asiáticos. Em outras partes do mundo, porém, não há dados que indiquem maior vulnerabilidade deste ou daquele grupo. "Em quase 20 anos de acompanhamento de casos, não conseguimos comprovar, aqui, as mesmas estatísticas verificadas pelos americanos", afirma Ricardo Machado Xavier, coordenador do Grupo de Estudos sobre Lúpus da UFRGS.


Os cientistas acreditam que a doença tenha um componente genético em sua origem, já que é comum o registro de múltiplos casos dentro de uma mesma família. O problema é que não se sabe ao certo qual gene seria o responsável. Tudo leva a crer que não apenas um mas vários genes sejam capazes de determinar maior ou menor risco de uma pessoa desenvolver lúpus, mediante a influência de "gatilhos" como a ingestão de certos medicamentos (antidepressivos, antibióticos e diuréticos), estresse e exposição ao sol. 



Prontuário

Incidência - Entre 30 e 100 ocorrências para cada grupo de 100 mil indivíduos.
Total de casos - 5 milhões no mundo todo.

Mortalidade - 5% nos primeiros 5 anos da doença, por causa de complicações decorrentes de processos infecciosos.


Tratamento - Medicamentos imunossupressores entre os surtos. Exames de sangue em intervalos de 3 a 10 semanas tentam antecipar problemas graves.




Esclerose múltipla
NERVOSA, CRUEL E ENIGMÁTICA





O cérebro ordena que o corpo relaxe, mas ele não obedece, submetendo seu dono a tremores involuntários. Ou, quando obedece, o faz de maneira totalmente desordenada. É mais ou menos assim que a esclerose múltipla começa a se manifestar. Na origem da doença também está uma reação autoimune: produção de anticorpos que atacam as chamadas bainhas de mielina, responsáveis por levar os impulsos nervosos de um neurônio para outro. Por que o sistema imunológico faz isso? Ninguém sabe responder.



A esclerose múltipla costuma aparecer entre os 20 e os 40 anos de idade. Com a evolução da doença, o sistema nervoso central vai acumulando "cicatrizes", que acabam afetando a audição, a visão, a memória e a coordenação motora. Sabe-se que histórico na família eleva em 10 vezes o risco de desenvolver a patologia. Isso sugere que o mal, pelo menos em parte, pode ter uma explicação genética. Cerca de 70% das vítimas são mulheres - fato que os cientistas ainda não compreenderam também. No início, os sintomas vão e voltam. Mas, 10 anos depois, eles passam a ser progressivos. Aproximadamente um terço dos pacientes acaba precisando de cadeira de rodas 20 anos após o diagnóstico inicial. A doença, além de extremamente cruel, não tem cura, nem se conhece qualquer tipo de prevenção.


Para descrever suas causas, a medicina ainda recorre a teorias. Um estudo levado a cabo nos EUA sugere uma ligação da doença com a carência de vitamina D. A pesquisa constatou que mulheres que tomaram esse suplemento vitamínico ininterruptamente, ao longo de 10 anos, apresentaram risco 40% menor de desenvolver esclerose. E um fato curioso parece corroborar essa tese: a ocorrência do mal é maior em regiões mais afastadas da linha do Equador - onde a incidência de luz solar é menor, o que dificulta a síntese de vitamina D pelo organismo. Enquanto em boa parte dos países da África Central há 5 casos de esclerose múltipla para cada grupo de 100 mil habitantes, no Canadá esse índice é 26 vezes maior.


Outros trabalhos, no entanto, relacionam a doença a infecções que podem confundir o sistema imunológico, fazendo-o pensar que as bainhas de mielina são invasoras e desencadeando o ataque. "Existem vários estudos que explicam um lado do problema", afirma Maria Cristina Giacomo, coordenadora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. "Mas nenhum deles explica tudo." 


Prontuário
Incidência - 5 a 130 ocorrências para cada grupo de 100 mil indivíduos.
Total de casos - 2,5 milhões no mundo todo.


Impacto - Após 20 anos, 30% das vítimas estão em cadeira de rodas.


Tratamento - Fisioterapia e medicamentos imunossupressores.




Diabetes tipo 1
UM ATAQUE FULMINANTE CONTRA O PÂNCREAS





Diabetes é uma doença comum. Segundo cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS), ela atinge mais de 250 milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas apenas uma pequena parte desse contingente - algo entre 5 e 10% - sofre de uma forma específica desse mal: a diabetes tipo 1.


A enfermidade funciona de um jeito, no mínimo, curioso. Os anticorpos do doente não reconhecessem o pâncreas como parte do corpo. Seu sistema imunológico acaba produzindo anticorpos que atacam o órgão a ponto de ele perder sua função principal: a de produzir insulina. Esse hormônio é o responsável pela transformação de açúcares e amidos na energia da qual dependemos para viver. O jeito, portanto, é recorrer a injeções diárias da substância, sem as quais o paciente certamente morreria em poucos dias.


A situação fica ainda mais dramática quando se leva em consideração que a maioria das vítimas é composta de crianças e adolescentes. E que a ciência não sabe explicar por que o sistema imune passa a acreditar, de uma hora para outra, que seu pâncreas é um inimigo. Mais preocupante ainda é o fato de que o número de casos não para de crescer - a uma taxa de 3% ao ano, de acordo com a OMS.


Pesquisadores estão cada vez mais convencidos de que o estilo de vida moderno pode estar ligado a esse crescimento. Alguns acreditam, por exemplo, que a gravidez tardia (as mulheres estão deixando para ter o primeiro filho cada vez mais tarde) seria uma das explicações. Ao dar à luz com mais idade, a mãe apresentaria um número bem maior de anticorpos adquiridos. Em decorrência, o bebê gerado por ela contaria com um sistema imunológico mais forte. E ocioso! Na falta de um verdadeiro invasor para combater, ele acabaria atacando o pâncreas - por algum motivo ainda desconhecido. 


Prontuário


Incidência - Entre 5 e 50 ocorrências para cada grupo de 100 mil indivíduos.
Total de casos - 480 mil conhecidos.


Impacto - Após 15 anos do diagóstico, 50% das vítimas apresentam alguma deficiência visual.


Tratamento - Injeções diárias de insulina e dieta.





Sjögren
O MAL QUE IMPEDE SUA VÍTIMA ATÉ DE CHORAR





Engana-se quem pensa que lacrimejar é coisa de gente sensível. Todo dia, produzimos naturalmente cerca de 15 mil lágrimas, uma a cada piscada de olhos. Mas há exceções - entre elas, as vítimas de um mal conhecido como síndrome de Sjögren. Essa moléstia provoca inflamações das glândulas exócrinas (órgãos geralmente minúsculos espalhados por várias partes do corpo e que produzem diferentes secreções). Ou seja: a redução da capacidade de lacrimejar é apenas um de seus sintomas, o mais perceptível. A síndrome também leva sua vítima a produzir menos saliva, além de comprometer a produção de suco gástrico - que ajuda na digestão dos alimentos - no estômago.



Como acontece em todas as outras doenças autoimunes, são os anticorpos do próprio doente que atacam as glândulas. Mas as razões que levam a esse ataque ainda são desconhecidas. E esse não é o único enigma envolvendo a síndrome. Estima-se que 9 entre 10 pacientes diagnosticados sejam mulheres - e, estranhamente, jamais foi constatada qualquer relação entre a desordem e questões hormonais. Aproximadamente metade dos casos é considerada secundária - associada a outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus.



A maior parte dos pacientes procura o oftalmologista por volta dos 40 anos, com sensação de areia nos olhos resultante da má lubrificação. Como se trata de um sintoma comum a muitas patologias oculares, a última coisa que passa pela cabeça do médico é a possibilidade de autoimunidade. Uma pesquisa feita pela Fundação da Síndrome de Sjögren, nos EUA, comprova a dificuldade na hora do diagnóstico. Segundo o estudo, passam-se em média 6 anos entre a manifestação dos primeiros sintomas e a identificação da doença. "Enquanto isso, o sofrimento é grande", afirma Milton Alvez, chefe do Serviço de Córnea e Doenças Externas do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O ardor nos olhos pode incomodar o paciente mais de 200 dias por ano, a ponto de comprometer seu desempenho no trabalho e a vida pessoal." 



Prontuário

Incidência - 2 ocorrências para cada grupo de 1 000 pessoas.
Total de casos - Desconhecido (cerca de 4 milhões só nos EUA). 


Impacto - Desconforto contínuo nos olhos e incapacidade de chorar.


Tratamento - Uso de colírios e suplementos vitamínicos.




Vitiligo
MANCHAS NA PELE QUE NINGUÉM SABE EXPLICAR






Uma das doenças autoimunes mais comuns no mundo todo é também uma das mais incompreendidas pela medicina. Estima-se que 1% da população mundial - ou 70 milhões de pessoas - sofra de vitiligo, que se caracteriza pela perda localizada de pigmentação da pele. Os cientistas sabem o que provoca esse fenômeno: o sistema imunológico produz anticorpos que atacam e matam os melanócitos (células que fabricam melanina, a substância responsável pela cor da pele). O que ninguém descobriu ainda, só para variar, é o que desencadeia esse ataque.


Uma combinação de fatores genéticos e ambientais parece estar por trás da maior parte dos casos de vitiligo. Ou seja: aparentemente, a maioria dos pacientes apresenta predisposição para o desenvolvimento da doença quando exposta a algum tipo de "gatilho" - queimaduras de sol muito intensas, estresse violento ou traumas emocionais provocados por um acidente grave ou pela morte de um familiar, por exemplo. Como nenhuma teoria foi comprovada cientificamente, há quem aposte em outras explicações. Segundo Celso Lopes, médico do Ambulatório de Vitiligo da Escola Paulista de Medicina, o mal pode estar associado a uma incapacidade do organismo de eliminar radicais livres potencialmente nocivos aos melanócitos. "Essa foi a tese mais comentada no congresso da Academia Americana de Dermatologia em 2010", diz Lopes.


Nos casos mais severos de vitiligo, o paciente pode apresentar despigmentação de até 85% da superfície cutânea. É impossível prever, no início da doença, qual será a área total afetada por ela. Aproximadamente metade das vítimas começa a apresentar os primeiros sinais da desordem depois dos 20 anos de idade, e cerca de um terço relata não ser o primeiro caso da doença na família. 




Prontuário

Incidência - 1% da população mundial.
Total de casos - 70 milhões no mundo todo.


Impacto - A doença pode levar a hiper ou hipotireoidismo, anemia e inflamação dos olhos.


Tratamento - Corticoides, fototerapia e laser.


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Fonte: Texto / Superinteressante / maio 2010.  Imagens / google imagens / junho 2013.